Diego Figueiredo, o guitarrista brasileiro que fez norte-americano George Benson chorar
Há 30 anos nasceu na cidade de Franca São Paulo, o brilhante músico do cenário brasileiro, Diego Figueiredo.
Diego é considerado pela crítica especializada, um mago da guitarra brasileira. Além de guitarrista, o artista é dotado de excelentes habilidades com o violão, cavaquinho, viola, bandolim e contra-baixo. O talento de Diogo vai mais além. É também produtor, arranjador e multi-instrumentista.
Suas habilidades artísticas ultrapassaram as fronteiras de seu país e sua fama já percorrereu vários continentes.

Em 2005, participou do “Montreux Jazz Festival”, um dos mais conhecidos festivais de musicais, que se realiza na Suíça. Lá foi aclamado um dos três maiores guitarristas do mundo. Em 2007 conquistou o 2º lugar no “Montreux Jazz Guitar Competition, presidido pelo guitarrista norte-americano George Benson, que com lágrimas no rosto de emoção ao assistir a brilhante interpretação na guitarra o tema de Round Midnight. Declarou; Diego é um dos maiores guitarrista que eu já vi em toda minha vida.
O jovem artista, para além de talentoso é reconhecido por onde passa, não só pela fama e talento, mas por ser, um ser humano, simpático, tranqüilo e fala com prazer e alegria de seu trabalho e de seu primeiro instrumento musical que ganhou de presente de seu pai quando tinha apenas 6 anos de idade, um bandolim. E foi assim, num clima bem descontraído, que Diego falou ao Quadros-cultura.com, quando esteve apresentando na terra de Camões, em sua quarta turnê, com o espetáculo; BossaJazz.

QC Como e quando o Diego descobriu que a música faria parte de sua vida profissional?
DF- Quando eu tinha 6 anos de idade, meu pai me deu um Bandolim e me empolguei com o instrumento e aos 12 anos comecei a tocar profissionalmente em barzinho, em Franca, minha terra natal. Depois comecei a tocar em bailes, e aos 15, comecei a tocar guitarra e dei inicio a minhas participações em festivais por todo pais.

QC- E quando seu trabalho começo a ser reconhecido no Brasil?
DF- Em 2000 ganhei o Prêmio Visa de MPB instrumental em São Paulo. Com apenas 20 anos de idade, fui considerado o melhor solista brasileiro da nova geração. Este prêmio é um dos mais importantes da música brasileira. Depois deste prêmio, minha carreira tomou dimensões internacionais e hoje contabilizo mais de 40 países por onde já me apresentei.
QC- Já se apresentaste na Europa, América do Sul e Norte. Qual o próximo continente que pretende se apresentar?
DF Em Outubro deste ano, estamos agendados para fazer apresentação na Ásia. Vamos fazer concertos no Japão, Coreia e de lá vamos descobrindo mercado para fazer apresentação em outro países asiáticos. Como a minha música é instrumental, toco Tico no Fubá no violão, é aceito em qualquer língua, em qualquer sintonia.
QC- Diego foi premiado em um dos festivais mais importante realizado na Europa, o Montreux Jazz Guitar Competition, presidido pelo guitarrista norte-americano George. Qual a mais valia que este prêmio para tua carreira?
DF- Foi algo magnífico para minha carreira internacional. Todos os outros festivais prestaram atenção no meu trabalho e abriram as portas. Através desta premiação participei de inúmeros outros festivais em diversos países.


QC- E no Brasil, o que melhorou para você profissionalmente?
DF No Brasil, ta melhorando a sena da música instrumental. Trabalhei cinco anos com Belchior e no meio do concerto eu fazia minha apresentação solo, gravei dois Cds com ele.
QC- Ao longo de sua carreira já gravaste quantos CDs ?
DF- Tenho quatorze CDs gravados, em oito países. Estar sendo lançado este ano um no Japão e outro no Brasil Vivência pela gravadora, Biscoito Fino.
QC- Você tem uma experiência profissional bem ampla e já se apresentou em diversos países. Consegue perceber alguma diferença do público europeu para público brasileiro.
DF- Sim. O público europeu tem muito mais acesso a arte, (música, dança, teatro etc.
) do que o público brasileiro. Porem o público brasileiro é muito mais sensível. Eu já tive oportunidade de ver senhores chorando de emoção ao assistir uma apresentação minha, mesmo sem ter muito conhecimento , eles sentem a música de uma forma totalmente diferente do europeu.